
Madalena estava sentada em frente a uma escrivaninha, vestindo apenas um roupão negro de seda, onde ela olhava para um livro, todo manuscrito. Ela batia levemente uma caneta de ouro 24 quilates, sobre o lábio inferior, e olhava concentradamente para as folhas rabiscadas.
Ela pousou a caneta sobre o tampão da mesa, e se levantou abandonando a sua leitura...
Amarrando firme o cordão de seu roupão, a moça, se dirigiu até o seu guarda-roupas. Abriu-o e escolheu um vestido vermelho deslumbrante.
O telefone tocou, ela atendeu, do outro lado da linha era Charles seu amante, ele queria encontra-la no local de sempre...
Após colocar o telefone no gancho, Rodolfo o marido da moça, adentrou o quarto deles. Afrouxando a gravata, Rodolfo perguntou beijando os lábios da esposa.
__Aonde vai querida?
__Eu vou a uma festa com minha amiga, Lorena e a filha dela. Por que, por acaso você quer ir junto?
Tirando os sapatos e se deitando na cama, ele respondeu.
__Deixa pra próxima meu bem. Estou muito cansado... o trabalho foi muito puxado hoje.
Ela desamarrou a tira de seu roupão, e deixou o delicado tecido de seda percorrer seu corpo branco. Rodolfo, ficou a admirar o corpo escultural da esposa. Ele se levantou, e a abraçou por trás, afastando os longos cabelos loiros da esposa, para beijar-lhe o cangote.
__Fica meu bem! Faz tanto tempo que a gente não fica junto...__disse ele.
Ela o fitou por cima dos ombros e disse, beijando a face do marido.
__Não vai dá, meu querido. Eu já marquei com elas...
__De uma desculpa esfarrapada a elas, e vamos passar a noite juntos, como nos velhos tempos.
Desviando-se de mais um beijo do marido, a moça respondeu e foi em direção a cômoda.
__Não posso mentir para as minhas amigas, meu bem. E mesmo porque, nós já estamos planejando essa saída, há semanas.__se desculpou ela penteando os belos, longos e loiros cabelos.
Desanimado, Rodolfo voltou a se deitar na cama retirando a gravata, e disse.
__Então vá com Deus, meu amor. Agora eu vou tomar um banho e dormir.
A moça continuou a se arrumar, quando enfim estava pronta, seu marido já estava dormindo.
Ela com seu vestido vermelho, muito bem acentuado ao seu corpo de ninfa. Pegou sua bolsa, se aproximou do marido, beijou as pontas de seus próprios dedos e em seguida encostou-os à face do esposo que dormia profundamente.
Madalena passou pela recepção de seu condomínio, cumprimentou o porteiro e pediu para ele chamar um táxi.
__Mas a senhora não prefere o seu chofer?__perguntou o porteiro humildemente.
Madalena respondeu com arrogância.
__Não é de sua conta, qual o transporte que utilizo para sair... e chame logo esse táxi, pois tenho pressa, e não posso me atrasar para o meu compromisso.
Quando pós os pés na rua, homens e até mesmo mulheres, ficaram encantados com sua beleza...
O táxi parou em frente ao prédio, ela entrou no veiculo e entregou um cartão ao taxista, que até aquele momento só tinha sentido o perfume embriagador da moça.
__É a rua perto da catedral! Correto?__perguntou o homem, que quando olhou pra trás, ficou espantado com tal beldade em seu táxi.
__Sim, é perto da catedral!__confirmou ela, impaciente e com um tom arrogante na voz.__Agora vá logo, porque eu não posso me atrasar...
O caminho era longo, até o centro. E o motorista parecia ser do tipo que falava de mais...
__A senhora é de onde?__perguntou o taxista.
Ela pensou em ignorar aquela pergunta, mas ela sabia que se não, se distraísse um pouco, a monotonia iria tomar conta.
__Sou daqui mesmo de Trinnity. Por quê?
__Por nada, é apenas pra matar o tempo... A senhora sabe que o caminho vai ser longo...
__Sei...
__Então, a senhora trabalha no quê?
Madalena sorriu e disse.
__O senhor é bem inconveniente, em!
O homem sorriu para ela, pelo retrovisor.
__Desculpa, não precisa ficar nervosa...
__Pode ficar calmo, moço. É que as pessoas não costumam me fazer esse tipo de pergunta. Pois, eu sou casado com o dono de uma multinacional aqui da cidade.
__Hum! Interessante, como foi que a senhora o conheceu?
Ela franziu a testa, e sorriu indignada. Ela até pensou em dizer outra vez que ele era muito inconveniente, mas se conteve e respondeu, mesmo porque, ela estava precisando conversar com alguém, mesmo que fosse com um desconhecido.
__Eu conheço meu esposo desde que eu tinha dez anos de idade. Ele era sócio de meu pai, na empresa.
O taxista olhou para ela surpreso, pelo retrovisor. Mas não disse nada, ele apenas ficou a escutar o que ela tinha a dizer.
__Foi aos dezessete que comecei a reparar nele, como uma mulher realmente repara um homem. Ele tinha quarenta e eu dezessete... Que loucura...__ela olhou para o carpete do carro, sorriu e voltou a falar.__Rodolfo, meu amado Rodolfo, era muito charmoso na época, e continua sendo. Ele tem os cabelos grisalhos, olhos cinzentos, rosto alongado e sempre livre de pelos, do jeito que eu gosto.
Naquele dia, fui à empresa de meu pai, para falar sobre um problema com ele. A recepcionista anunciou a minha chegada, meu pai mandou que eu entrasse direto. Quando entrei na sala da presidência, me deparei com Rodolfo, que estava mais charmoso do que nunca, já tinha muitos anos que eu não o via. Percebi que ele ficará encantado com a minha presença, e ele disse ao meu pai...
__Não acredito que essa moçona é a pequena madalena!
__Sim, fui à pequena madalena um dia, mas agora como você vê, eu já sou uma mulher...__disse eu, olhando sacanamente pra ele, mas acho que ele não reparou minha forma seca de olha-lo... cheia de malicia.
Meu pai interveio no assunto e comentou.
__Para mim, você sempre será a minha menina, a minha pequena Madalena...
Aquela foi o primeiro de muitos encontros formais com meu amado. Desde então, eu que nunca ia a empresa de meu pai, passei a visitá-lo com mais frequência. Foi num impulso louco que pedi um estagio na empresa pro meu pai, que nunca se negava aos meus pedidos.
Comecei o meu estagio comportadamente, tentei chamar a atenção de Rodolfo de forma discreta, me fazia de desentendida diante dos assuntos da empresa, e sempre arranjava um “acidente” para toca-lo, mas ele nem se quer me olhava direito. Resolvi mudar de estratégia, comecei a usar roupas mais ousadas para provoca-lo, mas também nada. Comecei a duvidar da sexualidade dele. Foi então que tomei uma atitude radical...
Em uma bela noite, quando a empresa estava fechada, e não tinha mais ninguém, apenas os seguranças na recepção, resolvi colocar o meu ultimo trunfo em pratica...
Escondi-me na sala da presidência, coloquei uma roupa mais que sexy e ousada...
Chamei Rodolfo até a sala, com muito desespero na voz...
Os olhos da Loira brilhavam a cada detalhe dito de seu plano...
Quando chegou na sala, ele se deparou comigo sentada na mesa do presidente, só de cinta liga vermelha e um espartilho também vermelho.
Lembro que Rodolfo ficou pasmo em me ver naqueles trajes. Ele tirou seu paletó, e tentou me cobrir, e disse.
__Já pensou se seu pai te pega nesses trajes, menina?
Aproximei meu rosto do dele, e respondi com a voz rouca e sensual.
__Que se dane o meu pai, eu quero você!
E tentei beija-lo, mas ele desviou-se de mim, e disse incrédulo.
__O que você está querendo fazer comigo, garota? Quer me desmoralizar, me...
Eu o interrompi, e ele se afastou de mim.
__Longe de mim, desmoralizar você meu caro. Mesmo porque, eu quero te dar prazer...
Rodolfo me encarou assustado, e disse.
__Não diga sandices menina... Sai da minha frente...
Dei uma gargalhada gostosa e estrondosa, e disse.
__Faz-me rir, meu amor, que eu gosto!__e tomei mais uma vez a sua frente, impedindo ele de passar por aquela porta.
Fechei a porta atrás de mim, tranquei-a e tirei a chave, quando ele viu o que eu estava fazendo, ele disse.
__Me deixe passar... Me de essa chave.
Exibindo a chave a ele eu disse.
__Vem tirar daqui, olha!__e coloquei a chave dentro do espartilho, entre os meus seios.
Ele ficou puto, com a minha atitude, lembro-me bem quando ele se aproximou ele estava irado, e mandou:
__Abre essa porta, menina!
__Ainda me tomas, como sendo uma menina!__exclamei eu, que balancei meu dedo indicador de forma negativa, e depois chupei de uma forma que lembro ter sido de deixar qualquer homem, em estado de sentido...
Não resistindo a provocação, ele me envolve em seus braços fortes, pressionou meu corpo sobre o seu. Apertou com firmeza uma de minhas coxas, enquanto que a outra mão me segurava para que eu não caísse para trás, enquanto ele beijava meu pescoço, eu jogava meus longos cabelos loiros para trás.
Ele me encostou na parede, mas continuou com o seu corpo colado com o meu, ele abriu meu espartilho com fúria e paixão. Por de trás de seus óculos de armação fina, vi a luxuria que ardia em seus olhos acinzentados.
__Eu sabia que você também me queria, meu amor...__disse eu ofegante.
__Desde de o primeiro instante em que você atravessou aquela porta, não consegui mais parar de pensar em você, meu amor.__confessou-me ele, que me beijou de uma forma de tirar o fôlego.
Fizemos loucuras naquela noite, no escritório de meu pai...
Mas depois daquela noite, eu não consegui mais olhar na cara dele. Então me mudei para Roma, onde eu morei até completar vinte e dois anos. Só voltei por causa do falecimento de meu pai, foi então que reencontrei Rodolfo, nos entendemos e então, me casei com ele.
O motorista ficou pasmo, com a história contada, logo ele, que contava mil e umas historio para os passageiros, mas nenhuma comparada a essa.
O táxi estacionou em frente a um prédio cinzento, e disse.
__São: vinte pratas, senhorita.__disse o motorista que se lembrou de devolver o cartão para a moça.
Madalena saiu do veiculo, pegou de volta seu cartão e entregou uma nota de cem para o homem. E deu as costas.
__Espere senhorita, o seu troco.
Ela se virou suavemente para ele e disse.
__Eu não lhe disse que queria troco, e aliás, eu sou senhora e não senhorita.
O homem se desculpou e partiu.
Madalena achou graça na reação do taxista, e entrou no prédio. Atravessou o saguão, olhou feio para o porteiro, mas mesmo assim o cumprimentou. Ao entrar no elevador, ela pressionou o botão de numero nove.
Quando chegou no nono andar, a moça entrou no corredor e seguiu em frente, até que ela parou em frente a uma porta, com um grande número quarenta e seis em dourado. Ela tirou uma chave do bolso, encaixou na tranca e girou, quando a porta se abriu ela entrou.
Madalena tinha esperanças, de já encontrar o amante a sua espera, mas não, ele não estava lá. Ela olhou no relógio da parede, sete e quinze, ainda era cedo. Então ela resolveu se sentar na cama e recordar...
Lembro-me que eu estava conversando com minha amiga Lorena, num restaurante que costumava frequentar, quando de repente olho para o bar, e lá está ele, porte atlético e o melhor, ele era negro. Sempre tive uma quedinha por homens de cor, e aquela era a minha oportunidade.
Pedi licença a minha amiga, disse-lhe que ia ao toalete. Mas era obvio que era mentira, pois eu fui tentar o meu primeiro contato, com o charmoso homem de terno e gravata.
Cheguei no bar, tentei cumprimenta-lo, mas o engraçado foi que o desgraçado foras super rude comigo. Deixei ele pra lá, e voltei para a mesa onde minha amiga estava a minha espera.
Não conseguia me concentrar no que Lorena estava dizendo, estava muito irritada com a insolência daquele homem.
Olhei para o bar mais uma vez, só para gravar direito o rosto dele, mas não o avistei, senti-me aliviada por não mais ver aquele ser desagradável.
Pedi licença mais uma vez a minha amiga, para ir ao toalete. Quando estava chegando a porta, quase entrando, senti uma mão forte me puxar para o outro lado, o toalete masculino.
Quando vi quem foi que me puxou, vi que era o mesmo homem que foi arrogante comigo, mas agora ele não era nenhum pouco arrogante, muito pelo contrario, ele era bem safadinho.
Ele passava a mão de forma quente sobre meu corpo, por dentro de meu vestido verde curto, eu como não sou boba, deixei rolar, e o deixei louco, igual à forma que ele me deixou.
Foi tudo muito rápido, mesmo por que a minha amiga estava a minha espera. Saí do toalete masculino e fui para o feminino para me arrumar, e não deixar suspeitas. Depois desse dia, eu não o vi mais, aliás eu nem sabia seu nome.
Quando estava fazendo uma breve visita a meu esposo Rodolfo, em sua sala, que um dia foras pertencente a meu finado pai, e foi o local onde eu e Rodolfo fizemos amor pela primeira vez, dei de cara com ninguém mais, ninguém menos, do que com o rapaz do restaurante. Ele entregava um papel a meu esposo, que nos apresentou.
__Charles, essa é Madalena, minha linda esposa.__disse Rodolfo, direcionando o rapaz para mim.
__Madalena, esse é Charles, o meu braço direito na empresa.
__Sério?__disse eu secamente.
__Sério!__disse o rapaz mais seco ainda, dando a mão, me cumprimentando.
Peguei a mão dele, que apenas deu um toque rápido na minha, ele parecia receoso de mais, para prolongar qualquer coisa.
Após aquele episódio, sai da empresa...
Quando o expediente de Charles acabou, eu parei meu caro na frente da recepção, abri a porta e mandei ele entrar. Ele entrou, mas nós não nos falamos até o carro está a uma boa distancia do edificou comercial.
Charles bebia o último gole de whisky 12 anos, de seu copo, e após pousa-lo sobre a mesa, ele me disse.
__Então você é a esposa de meu chefe!
Eu sorri, e coloquei meu copo de Martine sobre a mesa, e confirmei.
__É sou a esposa de seu chefe, e você é o braço direito dele!
__Sim de fato, mas o que uma mulher jovem, e tão atraente como você, viu num velho gaga, como aquele Rodolfo? Foi golpe do baú?__perguntou ele, com desdém ao citar o nome do chefe.
__Você não entenderia... E mesmo porque, o meu pai é quem tinha a grana, e não ele.
__Não entendo, você sendo tão jovem e atraente com um velho.
__Mas quem disse, que é necessário entender?
__É você tem razão, até hoje eu não entendo o porque de eu ter me casado, eu amo minha esposa, ela está grávida, e temos o pequeno Mike que já está com cinco anos, mas eu sou jovem, e agora penso na loucura que fiz.
Eu o encarei seria e disse friamente.
__Nossa, tocante. Mas eu não estou me importando com a sua linda família. Eu o quero nesse endereço, hoje ás sete.__disse eu, entregando um cartão a ele.
Ele pegou o cartão, eu joguei uma quantia elevada sobre a mesa, como pagamento e gorjeta ao garçom e sai.
Charles ficou tão concentrado no endereço do cartão, que quando tirou o olhar do pequeno papel, eu já não estava mais lá.
O endereço que eu dei a ele, era um de um pequeno flat, que eu mantinha as escondidas de meu marido, deu sete e quinze, deu sete e meia e nada dele aparecer, eu que estava sobre a cama, esperando usando uma roupa bem sensual, e com uma taça de chantilly com morangos, e cereja, em mãos a espera dele. Eu já estava comendo todas as frutas, agora eram sete e quarenta e cinco.
Irritada deixei a taça de lado, e me vesti, quando abri a porta, um ramo de flores caras apareceu na minha frente, e Charles estava atrás dele.
__Oi, desculpe o atraso, te trouxe flores. Só para ser mais romântico.__disse ele.
Arranquei o buquê das mãos dele, joguei encima do sofá, e puxando ele pra dentro do apartamento pela gravata, e disse:
__Deixa essa de ser romântico com o meu marido, pois eu só quero o seu corpo.
Depois daquele encontro, ouve muitos outros...
Madalena olhou para o relógio, eram quase meia noite, ela ficou irada, ao descobrir que ficou todo aquele tempo, a espera daquele maldito, atóa.
Revoltada, ela pegou sua bolsa, saiu do flat e trancou o apartamento quase chutando as coisas ao redor. Dentro do apartamento o telefone tocou, mas foi a secretaria eletrônica quem atendeu:
__Madalena desculpe não aparecer, e nem ter ligado, é que só agora eu consegui despeitar o meu sogro agora. É que eu tô no hospital, minha filha nasceu, ela é linda. Espero que você não tenha me esperado...__e o tempo de mensagem acabou.
Do outro lado da rua, havia um ponto de ônibus, (claro que Madalena poderia muito bem ter chamado um táxi, ou chamado seu chofer, mas ela não confiava no chofer, e não tinha nenhum número de telefone de táxi, e a rua estava deserta).
Aquele poderia ser considerado o pior dia da vida de Madalena, ou melhor o pior e ultimo...
O sistema de transporte da cidade de Trinnity, não funcionava depois das doze badaladas do relógio da catedral, e Madalenas havia se esquecido desse detalhe.
Foi quando de repente uma mão grosseira e o pior, armada, foi envolvida sobre o delicado pescoço da moça que ficou sem ação alguma. A arma era uma pequena faca afiada, as mãos grandes e grosseiras, eram de um marginal qualquer, que disse:
__Fique quieta vadia, se você não fizer escândalo, vai ser tudo muito rápido, e até prazeroso pra ambos.__disse o marginal.
Com muito medo daquela lamina, que estava de encontro a seu pescoço, Madalena obedeceu ao homem, que além de imundo, cheirava a bebida alcoólica e urina... De uma vez só ele rasgar-lhe o vestido, lindo e vermelho, e começou a passar as mãos imundas sobre o corpo da moça que se debateu um pouco, vendo que ela não parava de se debater, o homem tirou uma arma do bolso de sua imunda jaqueta e apontou na direção da cabeça da loira, e disse:
__Fique quieta loira vagabunda, se não, eu esvazio o tambor dessa arma na sua cabeça.
A moça só pedia a Deus que ele a ajudasse, mas infelizmente aquele não era dia dela...
O homem a possuiu ali mesmo, madalena queria gritar, tirar aquele sujeito imundo de cima dela, de dentro dela, mas não podia, a arma agora estava de encontro a seu olho esquerdo.
O homem gritou estasiado com a transa, mas Madalena chorou, humilhada. Antes do marginal se levantar, ele acidentalmente apertou o gatilho da arma que estava destravada, e que estava de encontro ao olho esquerdo da moça... O som do tiro ressoou pela rua vazia, fazendo aves noturnas se assustarem e saírem voando. O bandido aterrorizado com o que acabara de fazer, fugiu covardemente deixando a arma do lado do corpo sem vida da moça, que ele acabara de violentar e matar.
O porteiro do prédio que a moça tinha saído, antes daquele incidente saiu, e quando viu o corpo e o sangue sobre o asfalto, gritou, e correu para a recepção para chamar a emergência, talvez a moça ainda estivesse viva.
A detetive Christine Darck e seu Parceiro Otavio Novais, foram os primeiros a aparecerem na cena do crime. Eles encontraram uma bela moça, loira, com parte da cabeça dilacerada, o vestido vermelho, imundo, rasgado e deixando a mostra partes intimas do corpo dela.
Christine pegou arma do crime que foras abandonada, e disse a seu parceiro:
__É, o desgraçado abusou dela, e acidentalmente atirou contra a cabeça da moça. E em seguida fugiu, abandoando a arma.
Otavio pegou a bolsa da moça, abriu e disse:
__É mesmo, ele deve ter ficado tão desesperado, que nem ao menos lembrou de levar a bolsa da moça. Que tá recheada de dinheiro, e cartões de créditos sem limites...
__Qual o nome dela?__perguntou Christine.
__É, Madalena Silvester.
__Silvester!__exclamou Christine.__Esse nome não é do já, falecido, dona daquela multinacional lá do centro?
__Sim, e ela é a falecida filha, do falecido, dono daquela multinacional.
No dia seguinte, Rodolfo acordou com a campainha tocando insistentemente, ele colocou um roupão de seda vermelha com desenhos indecifráveis em dourado, por cima do pijama, quando ele atendeu, eram dois homens de farda.
__O que ouve?__perguntou ele, seguro de si.
__Sinto-lhe informar, senhor, mas sua esposa...__o policial nem acabou de falar, e o homem já perguntou desesperado.
__O que ouve, com a minha esposa?
__Ela foi encontrada, morta, em um ponto de ônibus...
Rodolfo não permitiu que o homem terminasse, e caiu em prantos, ajoelhou-se sobre o carpete caro de sua sala... o policial ficou penalizado com a cena, em ver um homem extremante apaixonado, recebendo a noticia de que seu grande amor, veio a falecer.
Feliz com o nascimento da filha, Charles pediu licença do trabalho antecipadamente, e por isso ficou sabendo do falecimento da amante, um mês depois.
Ele quis se matar culpando-se pela morte dela, ter ocorrido por ele não ter comparecido ao encontro, mas sua filha, recém nascida lhe deu forças para sobreviver.
No mesmo ponto onde ocorreu aquela tragédia, a meia noite uma linda loira de vermelho sempre está a espera, a espera de um ônibus que nunca virá...